Histórias emocionantes marcam trajetórias de soldados PM e BM

Eles são donos de histórias marcantes que vivem, diariamente, por conta da profissão escolhida. Na Bahia, atualmente, cerca de 16 mil soldados integrantes da Polícia Militar (PM) e do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) possuem relatos emocionantes que, de alguma maneira se cruzam e, na data dedicada a eles, comemorada nesta quarta-feira (25), serão contadas.

O que era pra ser mais um dia normal de trabalho para os soldados Leandro Gonçalves e Denilson Carmo, lotados no 13º Grupamento de Bombeiros Militar (Gmar) e na Base Comunitária de Segurança (BCS) Rio Sena, respectivamente, acabou se tornando motivo de orgulho da profissão quando, com atenção, cuidado e agilidade, ambos salvaram a vida de um jovem e uma bebê de um mês de vida, na capital baiana.

Leandro já imaginava que, por ser inverno, o mar estava mais revolto. A experiência de mais de 20 anos como surfista também indicava que naquela sexta-feira, 12 de Junho de 2021, as correntes de retorno da praia do Barravento estariam muito fortes e o risco de afogamento era grande.

“O mar no final da tarde tende a ficar com as ondulações ainda mais crescentes. Foi quando me deparei com Ricardo entrando no mar e em segundos sendo levado cerca de 60 metros pela correnteza”, explicou o bombeiro.

A partir daí ele e outros dois colegas de guarnição entraram na água, enfrentaram diversas ondas crescentes que os jogavam para o lado esquerdo da praia, contando com o risco de serem levados direto para as rochas do Cristo da Barra, e conseguiram resgatar o adolescente com vida.

Emoção também no Subúrbio

Mesmo desesperado, o pai da pequena Alana Macedo não pensou duas vezes e buscou a ajuda de equipes da BCS do Rio Sena, instalada próximo à casa onde ele vivia com a sua família. A história do homem cruzou com a do soldado Denilson que, preparado para qualquer tipo de ocorrência junto com o soldado PM José Candido Cruz, conseguiu desentalar a bebê engasgada com leite materno.

“O pai colocou ela nos meus braços e quando olhei a pequena já estava roxa e sem conseguir respirar. Então eu rapidamente fiz uma manobra colocando ela no meu antebraço e dando algumas batidas nas costas para que ela pudesse desentalar e respirar melhor”, contou o policial, bastante emocionado.

Após a criança golfar, ele retirou o excesso de mucosa expelida e, junto com o colega, conduziu a família para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde foram atendidos e liberados. “Nossa filha quase veio a óbito mas, graças a Deus e a eles, ela está viva e saudável. Muito obrigado a esses heróis”, disse o pai da pequena Alana, Alan Santos Pereira.

Foto: Gonçalo Mendonça

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