Mais de cem profissionais que atuam na rede pública municipal de saúde, em Lauro de Freitas, participaram nesta terça-feira (21) da qualificação para aplicação do protocolo antirrábico. A ação, promovida pela Vigilância Epidemiológica (Viep) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesa), tem como foco o aprimoramento do manejo clínico em caso de pessoas agredidas por cães, gatos, morcegos, macacos ou qualquer mamífero silvestre.
Por conta da pandemia, a capacitação ocorreu durante todo o dia com turmas divididas. Pela manhã foi direcionada para profissionais da Atenção Especializada e a tarde da Atenção Básica. O evento abordou a prevenção, pré-exposição, notificação, informações sobre tratamento, esquema de reexposição, estudo de caso e conduta em caso de abandono.
“A raiva humana é uma doença letal. Além desta iniciativa em que nossos médicos, enfermeiros e técnicos estão sendo qualificados, o município oferta vacinação contra a raiva animal e faz o controle da doença”, salientou o diretor da Viep, Daniel Assis.
De janeiro a meados de setembro deste ano, Lauro de Freitas registrou 409 notificações por agressões caninas e 116 casos de agressões felinas. Daniel orienta que em caso de arranhões, mordidas ou ferimentos causados por estes animais, a pessoa ferida deve lavar bem o ferimento em água corrente e sabão.
“Após isso é indicado buscar atendimento médico em uma das 16 Unidades de Saúde da Família do município, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h ou nos finais de semana ir até uma das unidades de emergência”, orientou.
De acordo com o enfermeiro sanitarista da Viep, Lucas Meira, o protocolo de atendimento antirrábico humano é composto de soro e vacina. “É ideal também observar o animal que causou a agressão pelo período de dez dias”, disse. Lucas deu orientações sobre o tratamento preventivo da doença.
“Para a determinação do esquema vacinal adequado é importante fazer a anamnese completa da pessoa e classificar o acidente de acordo com as características do ferimento e do animal envolvido”, afirmou.
Segundo orientação do Ministério da Saúde, o intervalo de 14 dias entre as vacinas da Covid-19 e demais do calendário nacional, não é válido para situações de exposições a animais. “Nestes casos é preconizado o uso imediato da vacina antirrábica humana”, disse. A vacina também pode ser administrada em gestantes.
Foto: Secom PMLF – Natanael Kiss