Vereador Augusto Vasconcelos critica aumento do preço da gasolina e do gás de cozinha

O vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB) aproveitou a Sessão Ordinária dessa quarta-feira (20/10), para fazer um desabafo sobre o aumento da gasolina, gás e a situação do país. “A gasolina já passou de R$ 7,00! Vamos parar onde? A política desastrosa de preços da Petrobrás tá detonando as pessoas e os empregos. Até motoristas por aplicativos estão abandonando a profissão por não terem como arcar com os custos do combustível.”, disse o parlamentar durante sua fala no púlpito. O vereador lembrou que o Brasil tem uma das mais importantes jazidas de petróleo do mundo, a Bacia de Campos, localizada na região que se estende por parte do litoral do Espírito Santo até o norte do Rio de Janeiro. Sozinha, é responsável por 80% da produção de petróleo no país.

No seu discurso, ele comparou os Governos Dilma e Bolsonaro, em períodos de aumento de combustível. Em 2016, a gasolina chegou a custar R$3,680 e a então presidenta do Brasil foi alvo de uma das maiores campanhas de ódio já vistas. Carros circulavam com adesivos de Dilma e corpo de mulher de pernas abertas colado na entrada do tanque de combustível, num sinal claro de machismo e misoginia. “É impressionante. Quando houve o aumento de combustível na época da Dilma, muita gente, a partir de uma postura misógina, atacou a presidente da República. Agora, por ser um homem na presidência, poucos veículos de comunicação enfrentam essa questão”, destacou o vereador.

Em entrevista à TV Câmara, o Vereador ainda lembrou do crescente aumento de gás de cozinha, que, segundo a Agência Nacional do Petróleo, passa de R$130 em várias cidades brasileiras. Essa realidade está aumentando os casos de fome, deixando as famílias sem condições de manter os insumos básicos de sobrevivência, que contam com ajuda do Auxilio Emergencial que está previsto encerramento até o fim do mês e chegou a atender mais de 45 milhões de brasileiros.

O novo Auxilio Brasil, que deverá beneficiar apenas famílias em situação de extrema pobreza, com renda de até R$ 89 por pessoa, também foi criticado por Augusto, pois não apresenta nenhuma perspectiva concreta para resolver o problema da fome. O novo programa, que ainda não foi votado, deve iniciar a partir de novembro, vai beneficiar 16,9 milhões e vai substituir o Bolsa Família que atende 14,7 milhões.

“O ministro Paulo Guedes, assim como o próprio Bolsonaro e a maioria dos deputados que lhe dão sustentação, votaram a favor da emenda constitucional 95, que congela os investimentos sociais por 20 anos. Quase metade de tudo que nós arrecadamos em tributos no Brasil, vai para a rolagem de juros da dívida. Lá no Sindicato dos Bancários, nós enfrentamos o setor mais poderoso da economia, que são os bancos e o mercado financeiro, eles “abocanham” metade da riqueza que nós produzimos. Então não tem dinheiro para pagar o Auxilio Brasil, mas tem dinheiro para manter a farra dos juros”, comentou Augusto que também é presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia.

Foto: ascom – vereador

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