Imagine uma viagem de ônibus com percurso de menos de 1 km, durar 1h06? Esse foi o tempo médio gasto por passageiros de ônibus e do transporte alternativo que precisaram passar pela Estrada do Coco, durante a tarde desta terça-feira (30).
No interior de um ônibus da empresa BTM, com destino a Estação Aeroporto do Metrô, nossa reportagem acompanhou os diálogos envolvendo os passageiros durante o trajeto congestionado. “Será que tem acidente aí na frente? No meio do ônibus, um homem falava “hoje tá pior e uma mulher respondeu, “hoje está igual a qualquer dia: uma droga”.
Tudo isso por causa da chuva que atingiu Lauro de Freitas e provocou diversos alagamentos. Um deles foi em frente ao Condomínio Ecoville e outro em frente a Churrascaria Tchê Picanhas. Quem mora na cidade até já está acostumado com os inúmeros alagamentos, mas não aceita passar esse sufoco. Andréa Maciel que trabalha em Vilas do Atlântico relata que, nos bairros, os buracos no asfalto e a rede de esgoto entupida são os responsáveis pela situação caótica. “Aqui não sabemos mais o que fazer porque os problemas da cidade são crônicos”, encerra.
Os congestionamentos são frequentes em Lauro de Freitas. Na entrada de Vilas do Atlântico, no centro de Itinga e em toda a extensão da Estrada do Coco é preciso ter paciência para não se irritar. Quem passa pelo local não entende porque ainda não foram criadas soluções para minimizar a situação. A pista sentido Abrantes tem duas faixas que formam um funil na frente do Parque Shopping. Já a pista com sentido para Salvador tem três faixas que são sufocadas pelo grande número de veículos que utiliza a via.
As passarelas são ineficientes e ainda tem pedestres que preferem não utilizar os equipamentos. O equipamento que fica em frente ao Supermercado Max Atacado é tomada por ambulantes. Em frente ao Parque Shopping tem outra que não atende as necessidades. Inclusive, tem um semáforo próximo do equipamento. Já a passarela em frente ao Hospital Menandro de Faria está com o elevador quebrado, fazendo do espaço que era para transportar pessoas, em abrigo para mendigos. O equipamento implantado na frente do supermercado Big Bompreço parece não ter caído no gosto do povo porque é pouco utilizado.
Foto: Noel Tavares