O Natal está chegando e a alternativa encontrada para diminuir os danos financeiros que os taxistas de Salvador estão sofrendo é o reajuste da tarifa, ou seja, a partir desta quarta (1) a categoria estará autorizada, pela prefeitura, a rodar com a bandeira 2 e isso representa reajuste de 40% referente a bandeira 1.
A própria categoria entende que essa não é a solução para conter a crise financeira provocada pela Covid-19 e que atinge diversos setores da economia. E se o passageiro já tinha se afastado, como dizem alguns taxistas, a nova cobrança pode trazer mais prejuízo ainda.
Há 30 anos dirigindo Táxi, seu Eduardo Gaspar disse nunca ter passado situação tão difícil como a atual. “Nós trabalhamos tanto e não temos lucro e esse momento traz angústia porque na capital baiana são cerca de 8 mil profissionais, sem contar com os que alugam os veículos para rodar”, conclui. Além da manutenção do veículo, a classe tem que pagar o combustível, a própria alimentação, impostos e taxas cobradas pelo município.
Outro profissional do volante que entende que poderia ser criada uma outra maneira de gratificar os taxistas com salário extra no fim do ano, é Maurício Santos. Há cinco anos trabalhando das 5h às 22h, de segunda à sexta, Maurício Taxista, como é chamado, afirma que a categoria precisa deste reforço financeiro, mas rodar com a bandeira 2 é um pouco complicado porque os passageiros já estão acostumados com os aplicativos. “A bandeira 2 veio para nos ajudar, mas causa um probleminha. Porém, o cliente fiel do Táxi vai aceitar, nós precisamos fazer o nosso 13º salário e para não ter problema, entra em cena aquele velho acordo ou acerto com o passageiro que agrada a todos”, encerra.
Desde 2006 que essa cobrança é autorizada, por lei, em Salvador. Hoje, a bandeira 1 que equivale a 0 km rodado custa R$ 2,42 e na bandeira 2 fica por R$ 3,38. A bandeira 2 já é usada nos fins de semana e feriados entre às 21h e 6h. Até o dia 31 de dezembro pode ser cobrada a qualquer hora.
Foto: divulgação