Situações semelhantes podem ser evitadas com atitudes preventivas, como explica o comandante do 13º Grupamento de Bombeiros Militar (Gmar), major Luciano dos Santos Alves.
“Devemos ter controle e cuidado com os ralos que são usados nas piscinas. A maioria das crianças, acho que 25% dos afogamentos de crianças que sabem nadar é em virtude de serem sugadas pelos ralos das piscinas”, falou o oficial.
“A principal dica é a piscina não estar com o sistema de filtragem, com a bomba funcionando no horário de lazer. É importante estabelecer o horário para o funcionamento da filtragem para quando as crianças não estiverem tomando banho”, alertou o oficial.
Para o especialista, a melhor forma de evitar afogamentos é impedir o funcionamento do equipamento durante uso e utilizar ralos anti sucção.
Atenção dobrada
Além da implantação de ralos adequados para evitar a sucção e da atenção constante, o profissional apontou outros cuidados que devem ser adotados para prevenir as mortes infantis em piscinas, como o controle de acesso, presença guarda vidas e conhecimento básico de atendimento em urgência.
“Toda piscina deve ter o acesso de crianças controlado para impedir que elas possam nos surpreender”, enfatizou Luciano. Para proteger essas áreas, a Sobrasa indica grades ou cercas não escaláveis com cerca de 1,10 metro de altura, com trancas ou travamentos automáticos.
O bombeiro lembrou também que os responsáveis devem ter cuidado e atenção, mesmo em piscinas próprias para o público infantil. “As pessoas costumam ficar atentas em ambientes de grandes profundidades, mas existem casos de ocorrências em espelhos d’água, bacias, baldes e até mesmo vasos sanitários, porque a criança não tem o mesmo equilíbrio que o adulto, então se ela perde o equilíbrio em ambiente aquático, tenta respirar e chega ao afogamento”, concluiu.