O deputado Robinson Almeida (PT) disse, neste domingo (23), que de ACM Neto a João Roma, todos os apoiadores da privatização da Refinaria Landulpho Alves, em São Francisco do Conde, pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), “têm culpa no cartório” pelo terceiro reajuste no preço dos combustíveis em menos de 30 dias na Bahia feito pela Refinaria de Mataripe, do grupo árabe Mubadala, que adquiriu a RLAM no final do ano passado. Em Salvador, o litro da gasolina comum chega a ser vendido por R$ 7.
O petista recordou que o DEM, que é presidido nacionalmente pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, apoiou a privatização do refino de petróleo e gás da Bahia feita por Bolsonaro. João Roma (Republicanos), ex-chefe de gabinete de Neto, é ministro da Cidadania.
“Bolsonaro, com apoio do DEM, deixou a Bahia e os baianos refém do monopólio privado, cujo compromisso é com o lucro para seus acionistas. Pagamos o preço alto da privatização de toda nossa matriz energética pelo desgoverno. O povo baiano e brasileiro têm que combater essa agenda ultraliberal, do conluio golpista, que penaliza os mais pobres e também a classe média, impõe o descontrole inflacionário e trouxe os fantasmas da fome e do desemprego (ou subemprego) para nosso país”, afirmou o parlamentar, critico também da mudança na política de preço da Petrobrás, que atrelou o valor dos combustíveis comercializados no Brasil ao dólar e a especulação internacional.
Segunda maior refinaria do Brasil, a RLAM, hoje refinaria Mataripe, foi a primeira no país a ser privatizada pelo governo Bolsonaro, sendo adquirida pelo fundo árabe Mubadala, em transação finalizada no final de novembro por US$ 1,8 bilhão, metade do valor de mercado da refinaria.
Foto: Noel Tavares