Maurílio Fontes se despede da Secom de Alagoinhas

Texto/Foto: Maurílio Lopes Fontes

Já está pronto o decreto que formalizará minha exoneração (a pedido) do cargo de secretário de Comunicação da Prefeitura de Alagoinhas.
Nomeado em 4 de janeiro de 2021, serei exonerado neste último dia de janeiro de 2022.
Não há motivos para maldizer a experiência em função tão importante para qualquer administração alagoinhense.
Gestão pública da grandeza de Alagoinhas não pode prescindir da Secretaria de Comunicação.
É bom lembrar que em 2016 conselheiros do então prefeito eleito Joaquim Neto queriam extinguir a SECOM, cuja criação em dezembro de 2012, último mês do primeiro mandato do prefeito Paulo Cezar, foi corretíssima. Argumentei que seria uma temeridade a extinção da SECOM, mesmo não tendo, àquela altura, nenhum interesse de ser o gestor da pasta.
Entre a vitória de Joaquim Neto e o anúncio do nome do jornalista José Lopes para dirigir a SECOM, o deputado federal Paulo Azi, então aliado do prefeito eleito, me convidou cinco vezes para assumir a pasta. Como todos sabem, não aceitei.

Transcorridos quatro anos dos convites após a vitória de 2016, resolvi aceitar, na madrugada de 16 de novembro de 2020, o convite do prefeito reeleito.
Não me arrependo, mas pude constatar que a Secretaria de Comunicação não é prioridade para o governo e que tudo é conseguido com enormes dificuldades, mesmo que “tudo” diga respeito às mínimas coisas. O cenário não é nada bom: computadores ultrapassados, sem condições de atender as demandas; falta de profissionais; organograma incompatível com as responsabilidades da pasta; internet instável; ambiente sem a climatização adequada, que não colabora para a produtividade; quantitativo de cargos para jornalistas muito (e bota muito nisso) aquém das necessidades; não existência de cargos para especialistas em redes sociais. Ou seja, a estrutura da SECOM precisa ser modernizada com urgência.

Alguns dirão, sem entender nada de comunicação, que o município não pode e nem deve assumir novas despesas. Só os caolhos não percebem que comunicação deve ser avaliada como investimento e não custo. Uma cidade que pretende avançar – e isso vale para o conjunto da sociedade – não pode ter visão estreita sobre a importância da Secretaria de Comunicação.
O governo também deve abordar as questões atinentes à SECOM de forma mais profissional, respeitando os trâmites legais, sempre defendidos por mim, mas sem a excessiva burocratização, tão comum e desgastante para uma pasta que necessita atuar com agilidade visando atender as demandas sob sua responsabilidade.

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