Um grupo de indígenas que protestaram na frente da governadoria, no Centro Administrativo da Bahia-CAB, deixaram o local desde ontem (26) e estão instalados na área externa da Assembleia Legislativa – ALBA. Acampados em barracas e sem saneamento adequado, essas pessoas estão em busca dos seus objetivos e reivindicam mais atenção do Estado.
A tentativa de invasão ao prédio público ocorreu por melhorias na área da educação e foi contida por policiais militares. O grupo é formado por professores indígenas de diversas etnias e de carreira especial. Cerca de 1.800 índios estão acampados na área da ALBA e lutam pela contratação de professores indígenas concursados em 2017. E dentre as reivindicações, o grupo denuncia a violência praticada por policiais militares contra uma indígena pataxó hã-hã-hã. O caso ocorreu na cidade de Pau Brasil, sul do estado, distante 551 Km de Salvador. Através de vídeo, o caso foi a tona: a doméstica Priscila Lima de 31 anos foi agredida com cassete por dois policiais.
Através de nota, o governo do estado informou que o secretário de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS), Carlos Martins, se reuniu no início da tarde desta terça-feira (26) com um grupo de lideranças indígenas que está em Salvador para participar do 4° Acampamento dos Povos Indígenas da Bahia.
Desde a semana passada, uma série de reuniões já estava programada pelo Governo do Estado com diversas secretarias e órgãos estaduais. Após o encontro com o secretário da SJDHDS, na sede da secretaria, o grupo decidiu pelo fim da ocupação em frente ao prédio da Governadoria.
Foto: Noel Tavares