Em continuidade aos trabalhos de assistência às famílias que vivem em áreas consideradas de risco, uma equipe da força-tarefa, mediada pela Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil de Camaçari (Compdec), órgão vinculado à Secretaria dos Serviços Públicos (Sesp), que reúne o corpo técnico de diversas pastas da gestão, esteve mais uma vez no Jardim Brasília, a fim de garantir proteção à vida dos moradores do local.
A ação desta terça-feira (17/5) consiste na retirada de mais moradores que vivem em áreas de risco. Na ocasião, Ivanaldo Soares, coordenador da Defesa Civil, acompanhado da gestora da Secretaria do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Sedur), Andréa Montenegro, e representantes das secretarias da Infraestrutura (Seinfra), do Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedes) e da Habitação (Sehab), se reuniu com cinco famílias que viviam em quatro residências e, dentro de um consenso, todos os presentes entenderam a necessidade de sair do imóvel.
Ao todo, já foram retiradas 17 casas e mais oito imóveis devem ser removidos nos próximos dias. Ivanaldo esclareceu o objetivo da ação. “Trata-se de uma iniciativa preventiva, para evitar uma catástrofe e minimizar ou evitar situações que possam ceifar vidas. Então, no dia de hoje dialogamos com as famílias que ainda estão aqui e estamos dando toda assistência, com o auxílio à mudança e ao transporte para o deslocamento. Graças a Deus, as pessoas estão entendendo a necessidade de mudança, para assegurar seu bem maior que é a vida”, explicou Ivanaldo.
Ainda conforme o responsável pela Compdec, na poligonal que abrange o Rio Camaçari, uma média de 80 imóveis estão localizados em áreas de risco. Para auxiliar os trabalhos desta terça, que contou com cerca de 40 colaboradores, as equipes utilizam seis caçambas, além de uma máquina carregadeira e uma retroescavadeira.
Para a titular da Sedur, Andréa Montenegro, a união das pastas fortalece o trabalho da gestão. “Estou aqui com a missão de conciliar essa conversa entre governo e os moradores. Por conta da ação da Defesa Civil, que visa preservar a vida dessas famílias que residem aqui. Eles entendem que não há mais a possibilidade de moradia nessa localidade, e a administração está trabalhando na prevenção com a retirada desses imóveis, garantindo a vida dessas famílias”, destacou.
Os trabalhos se mantêm em virtude das últimas chuvas que atingiram o município, na madrugada do dia 21 de abril deste ano, que resultaram em alagamentos e deslizamentos de terra. A Sedes informa que a equipe técnica segue com o acompanhamento da ação, com o objetivo de garantir os direitos sociais daqueles que foram ou serão removidos das unidades habitacionais, por oferecerem risco de desabamento.
Segundo técnicos da pasta, todas as famílias identificadas como residentes em área de risco serão assistidas e orientadas com as informações necessárias. As que já foram ou serão removidas, passam a receber o auxílio aluguel, além disso, também recebem benefícios eventuais, que são: cesta básica, colchão e vale gás, caso seja constatada a necessidade.
Foto: Arquivo/PMC