Advogados baianos apostam em projeto sustentável de escritório que reduz impactos ambientais e custos financeiros

Com os impactos causados pela interferência humana cada vez flagrantes, ser ambientalmente sustentável é parte inerente de um projeto negócio moderno e consciente. Os que saem na frente nessa proposta reforçam, inclusive, a recompensa financeira. O entendimento é que, mesmo desembolsando mais recursos no começo para criar uma estrutura de trabalho sustentável, a empresa acaba economizando muito futuramente, com os gastos de energia, por exemplo, sem contar na redução dos danos para meio ambiente que impacta na vida de todos.

A advogada Ana Clara Carvalho Polkowski, mestre em Direito Ambiental e pós graduada em gestão ambiental pela USP, integra um conhecido escritório de advocacia baiano – Garcia Landeiro Carvalho Moraes Advogados Associados. Ela explica que, desde que o grupo escolheu sua nova sede, há sete anos, estabeleceu alguns requisitos pautar seu projeto gestão que a princípio não parecem determinantes para as questões ambientais. Um exemplo é a proximidade com meios de transporte públicos, centro comercial e órgãos públicos usualmente utilizados pelos colaboradores do escritório, possibilitando, assim, a redução de deslocamento pela cidade.

“Foram levados em consideração também a incidência solar, tanto para aproveitá-la de forma a reduzir o consumo de eletricidade com iluminação, quanto para evitar gastos desnecessários com refrigeração”, revela Ana Clara, destacando que vários outros insumos da obra refletem a preocupação com a sustentabilidade. Entre eles estão a instalação de carpete com selo verde; uso de madeira certificada CFC nos móveis; utilização de torneiras eficientes nos banheiros e copa, implicando numa expressiva redução de consumo de água (mais de 40 % se comparadas com a média de consumo) e utilização de tintas com baixa emissão de compostos orgânicos voláteis, entre outros.

“Além do cuidado na escolha dos insumos, a gestão da obra foi realizada de forma a preservar ao máximo os recursos materiais, evitando o desperdício e estimulando o reaproveitamento de materiais, na própria obra ou em outros lugares”. Cita como exemplos o envio das embalagens de papelão usadas na obra para reciclagem em cooperativa, separação e armazenamento dos materiais já existentes nas salas e passíveis de reutilização em outros locais, tais como vasos sanitários, pias, portas, esquadrias, bancadas, para posterior encaminhamento para doação. E ainda priorização de fornecedores locais em todos os produtos para os quais tal escolha se mostrou possível. “O resultado foi muito positivo e motivou o engajamento dos colaboradores com a sustentabilidade”, destacou.

Foto: divulgação/ Xico Diniz

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