Condutores de ambulância e TFD”s vão protocolar denúncias na Comissão de Transportes da Câmara de Salvador

Segurança. Ponto de apoio. Demarcação de área para embarque e desembarque de pacientes na frente dos grandes hospitais de Salvador. Essas são algumas das reivindicações feitas por motoristas de ambulância e TFD’s (Transporte Fora do Domicílio). Os profissionais se queixam porque dirigem até cerca de 800 Km, oriundos de várias cidades do estado, conduzindo pacientes para a capital em busca de atendimento médico e, ao tentar, desembarcar essas pessoas que geralmente estão debilitadas, os condutores são multados por agentes da Transalvador. A categoria afirma que a situação ocorre com frequência na frente dos hospitais: Da Mulher; Das Clínicas; Santo Amaro; Aristides Maltez; Manoel Vitorino; Cedeba; Cepred e outros.

Outra situação relatada pela categoria é a falta de segurança, tanto nas estradas, como em Salvador. “Na semana passada, foram quatro carros assaltados e, em um deles, os bandidos levaram até os lanches dos pacientes”, afirma Carlos Macedo, um dos representantes do grupo de trabalhadores. Também conhecido como Pato Roco, o motorista do município de Nazaré acrescenta: “Aqui em Salvador só temos o estacionamento da Ceasa do Ogunjá para descansar e esperar o paciente receber alta. Mas essa área vai ser fechada para reforma e ficaremos na rua mais expostos ainda para os bandidos”, conclui.

Os relatos não inúmeros. Elisa Santos Julião, traz paciente de Cachoeira em uma Van. “Uma vez tentei deixar um paciente na porta de uma unidade na Pituba e o agente disse que ia me multar. O meu colega teve que assumir o volante e eu fui levar o paciente, debilitado, lá dentro”, afirma. O motorista de Aratuípe, Silas Oliveira, viveu situação parecida no Hospital da Mulher, pois recebeu como resposta de um dos agentes de trânsito, ao tentar deixar um paciente com baixa mobilidade. “Não pode parar aí! Vou multar”, revela. Edson Alexandrino, motorista de São Felix, contou que estava na porta do Hospital Aristides Maltez. ” Parei o carro, expliquei para o fiscal que o paciente estava descendo e recebi como resposta: já multei”, encerra.

Na última quinta (1), ocorreu, aqui em Salvador, uma reunião envolvendo condutores de Alagoinhas, Aratuipe, Nazaré, Feira de Santana, Cruz das Almas, Taperoá, Cairu, Cachoeira, Conceição da Feira, Anguera, Ipecaetá, Inhambupe, São Felipe, Varzedo, Candeal, Tancredo Neves e Humildes. Na ocasião, ficou decidido que em breve representantes desses trabalhadores vão a Câmara de Vereadores de Salvador, á procura do vereador Hélio Ferreira, para protocolar um documento/denúncia solicitando a compreensão dos agentes de trânsito e a disponibilização, por parte da prefeitura de Salvador, de uma área segura para o descanso dos profissionais.

Em resposta sobre os casos de intransigência referentes aos agentes de trânsito, a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) respondeu por meio de nota que “não há qualquer problema em realizar o embarque e desembarque de passageiros, desde que o tempo estritamente necessário para tal seja respeitado. A atuação dos agentes de trânsito segue o que determina o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) sobre as regras de circulação e parada, e é importante justamente para garantir que outros condutores e pedestres não tenham o acesso às unidades de saúde impedido por veículos estacionados de forma irregular.

Nós do site www.anoticiaemtempo.com.br também procuramos o vereador Helio Ferreira, presidente da Comissão de Transportes da Câmara de Salvador, relatamos a situação, ele ficou surpreso com tudo e se mostrou sensível a essa causa. “Acho Injusto tudo isso e me coloco a disposição para mediar uma conversa e resolver essas situações com os gestores da Transalvador e da Semob”, afirmou o vereador Helio Ferreira.

Foto: Noel Tavares

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