Médico veterinário explica como essa doença psiquiátrica pode afetar os pets
Durante o mês de setembro, a campanha “Setembro Amarelo” aborda questões sobre a saúde mental e o suicídio. A depressão é uma doença psiquiátrica muito conhecida entre humanos, mas, o que poucos sabem, é que os animais também podem ser acometidos dessa enfermidade. O diagnóstico precisa de um médico veterinário experiente em comportamento animal.
Assim como acontece nos humanos, os sinais de depressão em animais são diversos e cada animal pode manifestar a doença de forma específica. “Muitos dos sintomas são semelhantes aos que acontecem com as pessoas. Um sintoma comum, por exemplo, é a ansiedade. Pode também se perceber uma apatia ou agressividade, falta de apetite e aumento do estresse”, explica o professor do curso de Medicina Veterinária da UNINASSAU, Henry Alba.
Henry destaca que especialmente os cachorros costumam demonstrar outros sintomas que podem ser sinais da doença. “Chorar excessivamente quando o dono chega em casa, querer sair correndo à rua assim que a porta abrir, ou comer de forma exagerada são alguns dos comportamentos que devem servir de alerta para o dono”, pontua.
Após a confirmação do diagnóstico como médico veterinário especialista, o tratamento é baseado em ações de reeducação comportamental para que o pet reaprenda a viver de forma mais alegre e satisfatória. É importante destacar que a depressão animal não costuma durar por muito tempo, bem como o desenvolver do tratamento. É preciso entender também que cada caso é um caso e, por isso, cada tratamento será desenvolvido de uma forma diferente.
“Para evitar que seu animal de estimação desenvolva uma depressão, é importante realizar atividades diárias com seu pet. Sair para passear com mais frequência, utilizar métodos para controlar a forma de comer e evitar estar grudado ao pet 24 horas por dia, já que isso humaniza demais o animal”, conclui Henry.
Foto: Noel Tavares