Essa condição pode ocorrer em pessoas que possuem ou não diabetes, gerando sintomas bem desconfortáveis e por vezes perigosos
Bastante comum, a hipoglicemia é uma condição que ocorre quando os níveis de açúcar no sangue ficam baixos demais. Esse quadro, que pode ocorrer em pessoas que possuem ou não diabetes, gera sintomas bem desconfortáveis e por vezes perigosos como tremedeira, confusão mental, tontura ou vertigem, sonolência, visão embaçada, fraqueza, perda de coordenação motora, convulsões, dentre outros, e por isso deve ser controlado da forma correta.
Segundo Rute Lima, professora do curso de Nutrição da UNINASSAU Salvador, é possível controlar a hipoglicemia apenas com a alimentação quando se sabe o motivo desse desnivelamento da glicose no sangue. “É preciso entender se a pessoa tem hipoglicemia porque é diabética e se dedica intensamente e sem controle a manter o valor da glicemia no nível normal, se a pessoa é diabética e toma insulina, mas não mede a glicemia o suficiente, ou se é diabético e faz uso incorreto de medicamentos utilizados no tratamento da doença. Ainda tem os casos das que não possuem diabetes, mas fazem muita atividade física e não se alimentam o suficiente ou ainda os que ingerem uma quantidade muito grande de álcool”, explica.
Em todos os casos, é importante que a pessoa busque um nutricionista para adequar a ingestão de carboidratos à sua necessidade, rotina, e ingestão de insulina, mas Rute também destaca alguns alimentos que ajudam a evitar uma crise de hipoglicemia “Todos os carboidratos podem ajudar a melhorar a vida das pessoas que sofrem com esse quadro. Deve-se dar preferência aos que o açúcar é mais rapidamente absorvido pelo corpo como doces, sorvetes, bolos e sucos com açúcar e refrigerantes. Alimentos que não vão retirar o indivíduo do estado hipoglicêmico devem ser evitados a exemplo de frutas, carnes, leite e derivados”, destaca a professora.
Nos casos em que a crise já estiver instaurada, Rute indica o que se deve fazer/comer para regular o açúcar no sangue. “Após constatada a crise, a pessoa deve consumir 15 g a 20 g de carboidratos de rápida absorção. Isso equivale a uma colher de sopa de mel, ou um copo de 200 ml de suco de laranja (ou de refrigerante não dietético), ou uma colher de sopa de açúcar (branco, demerara ou mascavo) dissolvido em meio copo de água. Lembrando que o efeito (de restabelecer e manter a glicemia normal) será mais prolongado se esses alimentos forem ingeridos junto com carboidratos de absorção mais lenta, como batatas, milho, aipim ou inhame”, ressalta a nutricionista.
Nos casos de diabéticos, é recomendado medir a glicemia 15 minutos após a ingestão desses alimentos e, se ela continuar baixa, deve-se consumir mais uma porção de algum desses alimentos. “A orientação é, quando a glicemia se restabelecer, fazer um lanche saudável (como uma tapioca ou pão integral com queijo magro) se a próxima refeição principal estiver muito distante (1 ou 2 horas). Se o nível de consciência estiver comprometido, a pessoa deve ser encaminhada para atendimento médico a fim de receber a medicação adequada”, finaliza Rute.
Ascom/UNINASSAU/SALVADOR
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