Ciclo de palestras sobre afroempreendedorismo em Salvador

O programa AfroEstima, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) através do Prodetur Salvador, promove até quinta-feira (30), um ciclo de palestras sobre afroempreendedorismo, no Museu Eugênio Teixeira Leal, no Pelourinho, de forma presencial ou on-line, das 14h às 16h. As atividades são gratuitas e vão abordar temas como economia criativa e black money. As inscrições podem ser feitas através do link https:// docs. google. com/ forms/d/e/ 1FAIpQLSfPXJxknnfUQEdoVz2Axt3lyN778UcqR7i17vXCxkDZ1CbXIg/ viewform.

No primeiro dia, o publicitário, empreendedor e cofundador da Vale do Dendê, Paulo Rogério Nunes vai falar sobre “Economia Criativa e Afroempreendedorismo”. “Fico bem animado em ver que a Prefeitura está olhando de maneira estratégica para esse assunto, com os programas dentro das plataformas que a gestão municipal tem. Isso realmente vai ajudar a capital baiana a se posicionar como cidade referência no tema. Salvador, de fato, tem todo o potencial para liderar essa agenda nacionalmente e até mesmo na região da América Latina”.

Durante a palestra, Nunes contará casos, histórias e exemplos de empreendedores que usaram a economia criativa como forma de gerar renda e riqueza, criando novos mercados seja na moda, música, na área de games ou gastronomia. “Então, eu vou falar desse potencial, do que se vem chamando de economia laranja, que é a da criatividade, do conhecimento, além da economia verde (meio ambiente). A economia criativa está ligada à identidade, singularidade dos territórios, cidades, culturas”, pontuou.

Black Money – Já no segundo dia, na quinta-feira (30), o cofundador de incentivos e que atua com inteligência artificial, Lucas Santana, de forma presencial, e Monique Evelle, empresária, comunicadora e consultora, de forma remota, vão falar sobre “Afroempreendedorismo e Black Money”. Para Santana, é muito importante discutir o tema, neste momento em que a Prefeitura vem destacando e fazendo iniciativas no sentido de apoiar essa área da economia.

“É necessário entender as questões e dificuldades de acesso ao crédito por empreendedores negros, que têm no máximo dois salários mínimos de remuneração e que não estão crescendo seus negócios, e sim, sobrevivendo. Então, discutir esse tema, como apoiar os empreendedores, criar linhas de crédito, dar ferramentas, acesso ao conteúdo é interessante e importante para acessar a equidade que a gente precisa ter no Brasil. E existem várias formas de se fazer isso. A Prefeitura realizando esses eventos é importantíssimo, especialmente quando vemos os empreendedores se entendendo como um negócio, valorizando seu trabalho, que é muito relevante”.

Sobre o black money, Santana afirma que o movimento está ligado a fazer com que as pessoas consumam de pessoas negras, contratem pessoas negras e tenham entre seus clientes pessoas negras, fortalecendo e trazendo equidade à remuneração, oportunidade e acessos. “A gente está tentando alcançar, fazendo e criando iniciativas que garantam acesso ao conhecimento e contatos, para que tenhamos mais rodas de conversa, um marketplace para oferecer serviços, e queremos fomentar isso através da palestra”.

Secom/PMS

Foto: Noel Tavares

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