Sob o tema “Democracia e Direto à Cultura: Hoje é um novo dia, é tempo de sorrir”, a Conferência de Cultura de Aramari contou com a presença do prefeito Fidel Dantas, do Secretário de Mobilização Pública Lauriano Reis, do Diretor de Cultura Mestre Zuza, da representante territorial de Cultura da SECULT-Ba Jéssia Lima, agentes culturais e demais autoridades.
Após as manifestações dos componentes da mesa, a plenária escutou atentamente a apresentação da Secretária Iraci Gama, saudada com alegria por todos, “pela sua presença ilustre”, nas palavras do prefeito Fidel. Além de uma contextualização histórica, a fundadora da FIGAM, fundação que leva seu nome, fez uma convocação ao povo de Aramari para a luta pelo retorno do trem de passageiros, valorizando a memória, promovendo o turismo, o desenvolvimento e, ainda, tornando-se uma forma alternativa de deslocamento até Salvador.
Nesse sentido, Iraci Gama fez um convite aos presentes para que participem de uma reunião, no dia 13 de setembro, na Câmara de Vereadores de Simões Filho, enfatizando o desenvolvimento da economia, “do trabalho para as comunidades de Alagoinhas e Aramari, principalmente, caso tenhamos, novamente, o trem de passageiros e de carga (incrementado), entre Salvador e Alagoinhas”. A secretária de Cultura, Esporte e Turismo de Alagoinhas ainda trouxe como proposta para os conferencistas, a criação do Memorial da Ferrovia/ Memorial da Cidade.
Uma réplica em miniatura do trem, assim como outros materiais históricos (como painéis de fotografias da viagem de trem de Alagoinhas a Aramari ocorrida em 1990) ajudaram a ilustrar a palestra, denominada “Aramari: celeiro de artistas”.
Rica em detalhes históricos – como a informação de que a Estação de Aramari fora inaugurada no mesmo dia da Estação São Francisco (18 de novembro de 1880), e de que a primeira associação de operários foi organizada, em 1921, para questionar a Companhia Francesa que assumiu a ferrovia após a saída da Companhia Inglesa, levando o presidente Getúlio Vargas a criar a Companhia Leste – a fala de Iraci valorizou a importância de Aramari, nesse contexto, revelando que a represa do município é parte do processo da ferrovia , “construída pela Companhia Inglesa para beneficiar as oficinas ferroviárias, em uma relação de caráter industrial, histórico e cultural . Nossa riqueza mais forte e mais viva é o trem de ferro”.
Iraci também mencionou que na oficina de Aramari foi construído um trem de alumínio, que mereceu muitos elogios de Lauro de Freitas, em um relatório de 1938.
Secom: PMA
Fotos: Roberto Fonseca