Considerada como a segunda maior petroquímica e a maior fabricante de fertilizantes nitrogenados do Brasil, a Unigel recebeu na terça-feira (5) o prêmio “Energy Transition Changemakers”, durante a 28ª edição da Conferência de Mudanças Climáticas (COP 28) em Dubai, nos Emirados Árabes.
A multinacional, que foi a única empresa do país entre os premiados pela Organização das Nações Unidas (ONU), atualmente está concentrando os seus esforços no projeto de construção de uma fábrica de hidrogênio verde (H2V) e amônia verde em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador.
Assim como a Unigel, o Governo da Bahia, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), também compartilha da visão de que o H2V será o combustível de um futuro onde a sustentabilidade ambiental terá um papel de protagonismo cada vez maior diante das mudanças climáticas em todo o mundo.
Durante a COP 28 a gestão lançou o 1º Atlas do Hidrogênio Verde (H2V) do mundo, resultado da parceria da Sema com o SENAI/CIMATEC para a elaboração de estudos de criação de políticas publicas para viabilizar a criação e o desenvolvimento de uma economia do Hidrogênio Verde na Bahia.
“Estamos testemunhando um marco histórico para a sustentabilidade. Esse projeto da Unigel representa não apenas o pioneirismo da empresa, mas também um passo gigantesco em direção à transição energética e a consolidação da Bahia como liderança nacional e internacional no mercado do Hidrogênio Verde.”, destacou o chefe de Gabinete da Sema, André Ferraro.
Ferraro também afirma que “a Sema vai continuar à disposição para impulsionar projetos que promovam não apenas a inovação, mas também benefícios ecológicos, econômicos e socioambientais por todo o estado”.
O hidrogênio é o elemento químico mais abundante na natureza e importante insumo na indústria em geral. Atualmente, mais de 90% do hidrogênio é obtido a partir de reforma a vapor do gás natural com emissões de carbono. Essa fonte já é utilizada há mais de um século por indústrias químicas.
Com o crescimento das fontes renováveis como solar, eólica e biomassa, além da já tradicional hidrelétrica, surge o hidrogênio verde – H2V (sem emissão de carbono), com alta densidade energética e baixo ou nulo carbono a partir dos processos de eletrólise e reforma da biomassa.
O H2V irá atender aos tradicionais mercados de fertilizantes, refino e outros usos (gases industriais e hospitalares), e a novos mercados, nos segmentos de transporte, geração elétrica, armazenamento de energia, processos industriais, transportes, siderurgia, fertilizantes, entre outros.
Além disso, o Hidrogênio Verde deve desempenhar um importante papel no processo de descarbonização de indústrias que dependem do uso de combustíveis fósseis e a neutralidade climática, objetivos propostos para serem alcançados em 2050, conforme o Acordo de Paris.
Ascom: Sema
Foto: divulgação/Sema