Uma blitz educativa no centro da cidade marcou o encerramento da Campanha Faça Bonito em Alagoinhas, que desde o início da semana mobiliza a sociedade local e brasileira contra o abuso de crianças e adolescentes.
De 2015 a 2021, o Brasil registrou 202,9 mil casos de violência sexual contra menores. A conscientização por meio da disseminação de informações confiáveis é o foco principal da campanha, que pode ajudar a diminuir esses índices.
Escolas, Unidades de Saúde e de Assistência Social, praças e vias públicas foram locais em que equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS), através da Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade do CREAS, difundiram maciçamente os canais de denúncia para ajudar a combater esse mal que assola de norte a sul o Brasil e o mundo.
“O abuso sexual de menores é inaceitável, e a proteção desses grupos vulneráveis deve ser sempre uma prioridade. É imprescindível que toda a sociedade esteja nessa batalha. Cão alguém fique ciente de algum caso, é crucial denunciar o agressor às autoridades competentes”, defendeu o prefeito Joaquim Neto.
Na programação ainda teve uma palestra com Emanuela Oliveira, no auditório da Pastoral do Menor, e uma reunião on-line com professores da rede pública municipal, reforçando a importância da discussão sobre esse tema de extrema relevância para a proteção dos direitos garantidos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
“Mobilizar a sociedade para a causa do abuso sexual de crianças e adolescentes é fundamental porque é um problema que demanda a atenção e a ação de todos. Ao conscientizar e engajar a comunidade, é possível criar um ambiente de proteção e prevenção mais eficaz, além de encorajar vítimas e suas famílias a denunciar os casos”, considerou o secretário municipal de Assistência Social Rui Costa Brito.
A mobilização social pressiona as autoridades a agirem de forma mais efetiva na punição dos agressores e na implementação de políticas públicas voltadas para o combate desse tipo de violência, considerou Elaine Santos, empresária. Para ela, “o engajamento da sociedade é crucial para garantir a segurança e o bem-estar das crianças e adolescentes”.
Feridas Abertas
As vítimas de abuso na infância e adolescência frequentemente enfrentam uma série de prejuízos psicológicos que podem perdurar por muitos anos, se não tratados adequadamente. Estes prejuízos podem incluir trauma emocional, transtorno de estresse pós-traumático, ansiedade, depressão, baixa autoestima, dificuldades de confiança, problemas de relacionamento, comportamento autodestrutivo e até mesmo pensamentos suicidas.
O abuso sexual pode impactar significativamente o desenvolvimento emocional e psicológico da vítima, afetando sua qualidade de vida e bem-estar geral. É fundamental que as vítimas recebam apoio psicológico especializado para lidar com esses traumas e desafios.
Secom: PMA
Fotos: Roberto Fonseca