Uma cerimônia com o espaço super lotado, no Centro de Cultura da Câmara de Vereadores de Salvador. Foi desta forma que dezesseis mulheres foram homenageadas em uma das mais importantes honrarias feitas pelo poder legislativo. A premiação marca o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha e também, o Dia Nacional da Mulher Negra. O evento foi conduzido pela vereadora Ireuda Silva (Republicanos) e contou com diversas autoridades, convidados e sociedade civil em geral.
Dentre as homenagens, pessoas ligadas ao empreendedorismo, justiça, área médica, líderes evangélicos, segurança pública, comunicação e outros. Uma das homenageadas foi a jornalista Taiane Barros, repórter da TV Aratu/SBT, que recebeu a medalha Maria Felipa. A jornalista foi prestigiada por diversos familiares e dentre eles: o esposo Noel Tavares; a mãe Fátima Barros, a tia Neide Barros e o tio José Luiz.
Nascida no bairro Uruguai em Salvador, Taiane Machado Barros Tavares, filha de Maria de Fátima e Djalma Barros, é casada com o também Radialista e Jornalista Noel Tavares. A inclinação, da jovem repórter, para a área da comunicação já era demonstrada desde sua infância, por participar ativamente das atividades da Igreja Nova Israel do Uruguai. Ao crescer, ingressou no meio e se formou em Jornalismo pela Faculdade da Cidade, aqui em Salvador.
Pós-graduada em Produção Executiva e Gestão de Televisão no Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas, em São Paulo, a homenageada lembrou de sua infância difícil. “Lembro que as dificuldades sempre estiveram presentes, eu produzia e vendia lanche com minha família e assim consegui pagar os meus estudos. Quero dizer a todos que somos donas dos nossos sonhos e realizações. Não podemos desistir nunca, mas precisamos afastar de nós a palavra derrota”, exclamou Taiane Barros.
Nos últimos anos, a premiação foi concedida a centenas de mulheres negras, incluindo Kenia Maria, defensora dos direitos das mulheres negras – ONU; a embaixadora de Gana no Brasil, Abena Busia; e a cantora e ministra da Cultura, Margareth Menezes.
Maria Felipa de Oliveira foi uma marisqueira e pescadora que viveu na Ilha de Itaparica. Assim como Joana Angélica e Maria Quitéria, ela lutou pela Independência da Bahia. Em 1823, liderou um grupo composto por mais de 200 pessoas, entre as quais estavam índios tupinambás e tapuias, além de outras mulheres negras, nas batalhas contra as tropas portuguesas que atacavam a Ilha. Conta-se que o grupo foi responsável pela queima de pelo menos 40 embarcações portuguesas.
Confira a lista parcial de premiadas:
Taiane Barros – jornalista
Ana Cláudia – juíza
Dina Rocha – Empresária
Géssica Reis – coordenadora da Guardiã Maria Da Penha
Jaiane Fiaz – empreendedora
Jamile Oliveira – enfermeira sanitarista
Maraci Menezes – delegada
Mary Angela – apóstola
Meire Queirós – psicóloga
Reinilza Marques – empresária
Tainara Ferreira – Digital Influencer e CEO
Carla Martins – Coordenadora Pedagógica
Carla Sá – Tenente
Alexandra Da Paixão – Segundo Tenente da Base aérea de Salvador
Isabela Pilar – Cardiologista
Foto: Noel Tavares