Comunidades quilombolas de Salvador visitam decoração natalina do Centro Histórico

Cerca de 250 pessoas das comunidades quilombolas de Bananeiras, Maracanã, Praia Grande e Alto do Tororó, situadas em Ilha de Maré, conheceram a decoração natalina do Centro Histórico, na noite da última terça-feira (17), por meio de uma iniciativa da Secretaria Municipal da Reparação (Semur), em parceria com a Diretoria de Iluminação Pública (Dsip).

Parte dos visitantes apreciaram o Natal Salvador pela primeira vez e ficaram surpresos com a quantidade de luzes, com a beleza da Casa do Papai Noel e com o próprio Papai Noel pela representatividade dele para a população negra.

“Receber os povos quilombolas no Natal de Salvador foi emocionante. Além de se encantarem com as luzes e a magia da celebração, o momento mais especial foi a identificação com o nosso Papai Noel, que representa a força e a beleza da nossa identidade. O Natal de Salvador é mais do que iluminado, é um Natal cheio de representatividade e pertencimento”, destacou o titular da Dsip, Ângelo Magalhães.

Para Lindailza de Andrade, de 40 anos, o passeio foi uma novidade que proporcionou alegria a ela e às filhas. “Essa foi a primeira vez que eu vim e foi maravilhoso. As minhas meninas vieram e eu senti satisfação por esse dia agradável. Gostei de ver o Papai Noel negro, pois muita gente ainda é racista e ações como essa ajudam a combater esse mau. Eu tenho orgulho de ser negra e quilombola e estou muito feliz de ter participado do passeio. As minhas meninas ficaram alegres. A minha alegria é a delas, e a delas é a minha”, disse.

“Nós da Semur fazemos com que todo o tipo de política que chegue aqui no continente chegue lá do outro lado. A magia do Natal está em todo lugar. Não podemos esquecer das comunidades quilombolas. Portanto, é importante que elas estejam aqui para sentir a magia do Natal. A coisa mais linda do mundo é vermos o brilho dessas crianças que, talvez, não pudessem estar aqui se não fosse essa ação tão importante da Prefeitura de Salvador”, acrescentou Messias Goes, subcoordenador para Políticas Transversais.

Travessia – Para a realização do percurso até o Centro Histórico, a Semur disponibilizou três barcos, que fizeram a travessia até o Terminal Marítimo de São Tomé de Paripe, e mais seis ônibus, que levaram os moradores das comunidades quilombolas até o final de linha da Praça da Sé. Esse foi o segundo ano de realização do passeio. Ao final, os participantes já se planejaram para a próxima visita. 

Secom: PMS

Foto: Ascom/Dsip/PMS

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *