É comum as mulheres se queixarem de cólica menstrual e olha que por causa desse ciclo com duração de até sete ou nove dias (depende do caso), muitas dessas mulheres chegam a ficar na cama sentindo dores, enquanto outras fazem uso de medicamentos como forma de aliviar a dor. A cólica menstrual é um processo conhecido na medicina como Dismenorreia e aquelas que sofrem com o problema se queixam de dores e até ficam impedidas da prática de atividades diárias.
De acordo com Adalberto Visco, médico da Clivalle e do hospital Santo Amaro, a mulher que sofre com a cólica não significa ter algum tipo de patologia. Porém, existe um grupo de mulheres que produzem as Prostaglandinas, substâncias lipídicas que atuam como sinais químicos celulares. O hormônio contrai o útero e provoca a dor. Já a Dismenorreia secundária, de acordo com o ginecologista/obstetra, leva a mulher a sentir as dores da cólica por causa de uma patologia. “E algumas dessas doenças são: endometriose; mioma e estenose de cólon”, relata o médico.
O especialista frisa que o tratamento pode ser feito de duas formas: com o uso de anticoncepcional contínuo para evitar a menstruação ou através da aplicação de medicamentos para inibir a produção da Prostaglandina.
Para isso, os anti-inflamatórios são usados como forma de impedir a liberação do hormônio e assim, como a mulher não menstrua, não tem cólica menstrual. “Mas lembro que a maioria das pacientes que tem cólica não apresentam causa definida, a não ser que seja uma mulher que produza a prostaglandina”, encerra Adalberto Visco.
Foto: Noel Tavares