Prefeitura de Salvador promove curso gratuito de formação em audiodescrição

A Prefeitura de Salvador, por meio da Diretoria da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), deu início nesta segunda-feira (27) aos encontros presenciais do curso gratuito de Formação em Audiodescrição. Com carga horária de 40 horas, as aulas acontecem na sede do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Comped), em Nazaré, até o dia 17 de março.

Os encontros acontecem sempre às segundas-feiras, das 9h às 11h30. A diretora da DPCD e presidente do Comped, Daiane Pina, disse que a importância dessa formação é ampliar as condições de acesso das pessoas com deficiência em todos os espaços. “A Prefeitura de Salvador tem um olhar sensível para as pessoas com deficiência e seus direitos”, destacou.

“É mais uma turma em audiodescrição que a Prefeitura oferece para a sociedade através da Diretoria da Pessoa Com Deficiência. Quanto mais pessoas tiverem essa formação em audiodescrição, mais pessoas com deficiência serão beneficiadas em vários segmentos: arte, cultura, educação, esporte e mobilidade. Nessa turma, nós vamos capacitar 36 pessoas. É a primeira de 2025, e a gente vai abrir uma próxima turma a partir do mês de julho”, completou Daiane Pina.

O psicopedagogo e instrutor do curso, Allan Gandarela, destacou que o curso visa não apenas pessoas cegas e de baixa visão, embora seja o foco principal da descrição. “Eu busco nas aulas ampliar essa percepção, dizendo que não é apenas a pessoa cega e de baixa visão que necessita da audiodescrição. Temos autistas, temos TDAH, temos outras deficiências que precisam de uma provocação de foco. Então a gente busca construir o conhecimento, trazendo a audiodescrição para o dia a dia, desde uma coisa muito pequena até chegar na exposição mais apurada”, afirmou.

“Ao todo, serão oito encontros presenciais e 16 virtuais, com certificação. Eu destaco a importância das pessoas aprenderem essa técnica, porque a audiodescrição facilita o nosso dia a dia. Uma frase que eu trago sempre para eles é que, quanto mais descritivos nós somos, melhores somos entendidos”, completou o instrutor.

Participante do curso, Adriana Claudino, de 46 anos, é moradora de São Gonçalo do Retiro e possui baixa visão. A massoterapeuta conta que ficou sabendo do curso através das redes sociais, usando o recurso #PraCegoVer. “O curso é importante principalmente para nós, com deficiência, pois dá mais autonomia. Consigo ver algumas coisas de perto, de longe tenho mais dificuldade, então ter alguém lendo para mim é muito melhor. Moro aqui há oito anos, sou da Paraíba, parabéns à Prefeitura por trazer essa acessibilidade para os PCDs”, disse.

A produtora e mediadora cultural Ana Paula Carneiro, de 53 anos, também soube do curso através das redes sociais e contou que já tinha o interesse em aprender audiodescrição. “O desejo de fazer esse curso é tanto pra me capacitar, e a exigência é cada vez maior, há uma necessidade de que a gente dê acesso aos nossos produtos culturais. Eu sinto falta, enquanto produtora, de compreender como funcionam até mesmo para poder selecionar profissionais para fazer esse trabalho. Por outro lado, também sou atriz e contadora de histórias. Então eu tenho vontade de fazer uma contação de histórias totalmente acessível.”, contou Ana Paula.

Secom: PMS

Foto: Noel Tavares

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