A política de regulação de acesso aos leitos de urgência e emergência no estado da Bahia foi debatida ontem, dia 17, durante reunião do Fórum Estadual de Regulação, conduzida pelo Ministério Público estadual. Promotores de Justiça, representantes das secretarias de Saúde do Estado e do Município de Salvador, dos conselhos Estadual de Saúde e dos Secretários Municipais de Saúde, do Sindicato dos Médicos e de outras entidades participaram do encontro que teve o objetivo de avaliar o cenário atual, os problemas enfrentados e avaliar perspectivas de melhoria.
Coordenadora do Centro de Defesa da Saúde do MP (Cesau), a promotora de Justiça Patrícia Medrado ressaltou que a Instituição buscou trazer todos para o diálogo e construção de estratégias conjuntas. Ela lembrou que muitos obstáculos têm sido enfrentados ao logo do tempo diante das demandas que se aprofundam. Esse cenário, complementou o promotor de Justiça Rogério Queiroz, requer extrema atenção. O número de pessoas e o tempo de espera tem aumentado e isso indica que é preciso resgatar a resolutividade nas unidades de saúde, regiões e macrorregiões de saúde de forma que seja possível desafogar a regulação, pontuou ele.
Segundo Jerusa Coelho, da superintendência de Regulação do Estado, demandas cresceram sobretudo após a pandemia. Ela informou que, em 2018, a regulação fez 179.395 atendimentos e conseguiu regular 101 mil casos. Já em 2021, o número de atendimentos subiu para 255.756, com 159 mil regulados. No primeiro semestre de 2022, já foram realizados 144.167 atendimentos. Essa realidade, afirmou o gerente executivo de Atenção às Urgências do Município de Salvador, Ivan Paiva, tem impactado diretamente no resultado do trabalho. Ele, Daniele Alcântara e Camila Vieira da diretoria de Regulação do Município, falaram sobre a realidade enfrentada, indicando que são diversas as dificuldades encontradas para a regulação.
Foto: Noel Tavares