Servidores e funcionários da Prefeitura estão tendo a oportunidade de aprender um pouco mais sobre acessibilidade, a partir de um minicurso sobre essa temática, que está sendo realizado até esta terça-feira (8), no auditório da Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre). O minicurso é uma realização da Sempre, por meio da Diretoria de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência (DPCD).
O evento tem carga horária de 12 horas e visa promover a conscientização e a capacitação de agentes públicos municipais, sobre tipos de deficiência, leis e normas de acessibilidade vigentes, rota acessível e desenho universal, com foco na perspectiva arquitetônica. No segundo e último dia de aula, haverá uma vivência com a utilização de venda nos olhos, cadeira de rodas, bengala e outros objetos, para que as pessoas possam sentir e ter empatia com o portador de deficiência.
“A Sempre tem o compromisso de mobilizar ações voltadas para promover a cidadania, inclusão e dignidade das pessoas com deficiência. Nosso empenho é capacitar os profissionais do município sobre os desafios das pessoas com deficiência e a importância da acessibilidade, para que todos pensem nelas, no momento de suas ações. Assim, todos podem ser agentes ativos na eliminação das barreiras urbanísticas, arquitetônicas e comportamentais” destaca Daniel Ribeiro, secretário da Sempre.
Barreiras – O curso conta com a mediação da arquiteta e urbanista Thamyres Azevedo, especialista em acessibilidade. Atuante na área desde 2019, Thamyres integrou o corpo técnico da antiga Unidade de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência, da Prefeitura Municipal de Salvador e hoje faz parte do corpo técnico da Secretaria Municipal de Mobilidade.
“Durante o curso, nós falamos das barreiras que essas pessoas enfrentam na vida cotidiana e no ambiente de trabalho. É importante fazer esse curso com os servidores municipais, para que eles tenham noção de que a acessibilidade beneficia a todos, não somente às pessoas com deficiência”, afirma Thamyres.
O diretor de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência (DPCD), Wagner Andrade, explica que o Curso de Acessibilidade é derivado do projeto Atendimento Acessível – Planejamento Estratégico 2021-2024, que tem como linha de ação capacitar agentes públicos municipais, nas normas vigentes de acessibilidade. “Essa é uma iniciativa de grande relevância, levando em conta que Salvador é uma cidade antiga, foi construída e expandida em períodos em que não havia regramento sobre acessibilidade”.
Inclusão – Professor de Libras pela Prefeitura de Salvador, Divanildo Oliveira, de 53 anos, deu seu depoimento aos alunos. “Às vezes, a pessoa não tem noção do que o outro passa. Eu já sofri muito como pessoa surda, sofri com as limitações e com a falta de acessibilidade comunicacional, que foi a mais complicada para mim. É necessário, realmente, termos inclusão e estou aqui para mostrar que não pode ser um’ faz de conta’. É preciso vivermos, verdadeiramente, a inclusão e tomarmos posse disso. É preciso se colocar no lugar do outro e quebrar as barreiras que nós mesmos criamos. O curso de Libras, por exemplo, é uma forma de quebrar a barreira comunicacional”, afirmou.
Para a dentista Emanuele Mota, de 25 anos, o curso foi importante e trouxe informações relevantes sobre o tema, sobre os cuidados e melhorias que facilitam o acesso das pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida. “Mesmo quem não tem deficiência tende ao envelhecimento e a ter a mobilidade reduzida, portanto é um tema que precisa ser uma preocupação de todos”, lembra.
Secom/Salvador
Foto: Lucas Moura/Secom