Colaboração: Washington Tavares
O verão brasileiro começa no dia 21 de dezembro e nesse período aumenta o número de pessoas nas praias, aumentando assim o número de ocorrências registradas pelas autoridades: Polícia Civil e Militar; Transalvador; Samu; Bombeiros e Salvamar. O sol forte, a alta temperatura e a sensação de bem estar proporcionam a muita gente extrapolar os limites da responsabilidade, seja por uso de bebida alcoólica ou outras drogas e até a distração com as crianças e adolescentes que desrespeitam as forças da natureza e avançam no mar sem a preocupação com os próprios limites físicos.
Para que todos fiquem atentos, vou passar agora alguns números registrados pela Salvamar sobre afogamentos não fatais em Salvador. Esses dados são reais e todos devem ficar atentos. Em 2019 foram registrados 1.020 ocorrências e no ano seguinte, foram 1.773. Em 2021, houve queda do número de ocorrências, mas a incidência de casos continuou alta com 774 registros. Em 2022, até o mês passado, foram 959 registros com destaque para os meses de setembro com 112 casos e janeiro com 163.
Os especialistas chamam a atenção dos frequentadores das praias que fiquem atentos as correntes de retorno, momento em que as ondas ficam mais fortes e puxam o banhista para o fundo. Outra preocupação é sobre o uso de bebidas alcoólicas e em seguida entrar no mar: para muitos trata-se apenas de um momento de diversão, mas pode se tornar uma tragédia para a família e frustração para os servidores que estão de plantão, pois em alguns casos não conseguem êxito. O trabalho dos Salva-vidas é precioso, íntegro e importante, mas pode não ser eficaz se essa atividade for ignorada pelo banhista que resolver desafiar a própria resistência e encarar o mar sem o devido respeito.
Foto: Noel Tavares