Salvador caça o mosquito Aedes Aegypti

Agentes de endemias da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) estão percorrendo as casas da capital baiana, para realizar o Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa), do primeiro ciclo de 2023. As visitas começaram na última segunda-feira e seguem até esta sexta-feira (6).

Durante o ciclo, os agentes devem percorrer cerca de 40 mil imóveis em toda a cidade, previamente sorteados, realizando a inspeção, eliminação e tratamento de depósitos com uso de larvicida, bem como a coleta das amostras larvárias dos mosquitos, que serão analisadas no Laboratório do CCZ.

De acordo com a subcoordenadora de arboviroses de Salvador, Cristina Guimarães, as visitas auxiliam no bloqueio da circulação viral, ocasionada pela proliferação do mosquito. “O resultado de cada levantamento visa direcionar as ações de controle de vetor, delimitando áreas que mais possuem a presença do Aedes aegypti, a fim de contribuir para as atividades de comunicação e mobilização, que bloqueiam a reprodução do inseto”, explicou Cristina.

Ismael Reis, de 62 anos, nascido no bairro de Itapuã, falou sobre a importância de receber os agentes de endemias em casa e contribuir para a eliminação dos focos do mosquito. “Eu sempre abro a minha casa para os agentes, é muito importante e nós como cidadãos temos esse dever, de zelar pela nossa saúde e dos outros também. Me sinto muito mais seguro percebendo o cuidado que eles têm, principalmente nessa questão de combater o mosquito”, conta o morador.

Levantamento – O Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) é uma atividade que permite o conhecimento de forma rápida e por amostragem, da quantidade de imóveis que possuem a presença de recipientes com larvas de Aedes aegypti, mosquito transmissor das arboviroses que causam a dengue, zika e chikungunya, indicando os tipos de criadouros mais utilizados pelo mosquito fêmea para postura dos ovos. O estudo ocorre quatro vezes ao ano, no intervalo de três meses (janeiro, abril, julho e outubro).

A SMS ressalta a importância de as famílias vistoriarem seus respectivos imóveis e quintais, pelo menos uma vez por semana, verificando se há objetos que podem acumular água. Os itens identificados devem ser removidos e descartados em sacos plásticos, para a coleta seletiva, ou para o recolhimento pelo caminhão de lixo. Com uma ação semanal, é possível impedir que ovos e larvas do mosquito cheguem à fase adulta, freando a transmissão das doenças provocadas pelo Aedes.

Secom/Salvador

Foto: Jefferson Peixoto/Secom 

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