Médica veterinária explica como proceder com os cuidados com os pets
O mês de janeiro é essencialmente um período de férias para muitos. Alguns aproveitam os dias de folga para viajar, mudar a rotina e claro, também descansar. Para quem tem animais domésticos e opta por usar este recesso para viajar, é preciso ficar atento a alguns cuidados que são diferentes quando o tutor escolhe levar o pet junto na viagem, deixar em um hotel ou creche ou ainda deixar sobre os cuidados de outras pessoas.
Quando os pets ficam por longos períodos sozinhos eles podem ficar bastante ansiosos e estressados ou até depressivos. “Acredito que a melhor opção seja deixar em uma creche ou sob os cuidados de alguma pessoa de confiança. Levar o pet para a viagem pode parecer uma boa ideia, mas é importante lembrar que eles não podem ficar muito tempo sozinhos e isso pode ser um problema”, explica a coordenadora do curso de Medicina Veterinária da UNINASSAU Salvador, Alessandra Bispo.
Para quem optar por deixar o pet em algum lugar, a veterinária atenta para a importância de escolher uma creche ou hotel com cuidado. “Deve-se buscar referências com pessoas que já contrataram o serviço, além de visitar o local antes para ver se os cuidadores são capacitados e os ambientes adequados, limpos e aconchegantes. É essencial ter certeza de que é o local mais seguro e agradável para deixar o pet. Uma dica boa é levar o animal ao lugar previamente para que ele possa se sentir mais familiarizado com a realidade”, pontua Alessandra.
Os tutores que optarem por levar o seu pet para a viagem podem conferir abaixo três dicas essenciais, elencadas por Alessandra, para ajudar nesse processo. Confira:
1. Organização!
Organização prevê muitos problemas. Portanto, oriento que antes da viagem faça-se uma lista com todos os itens necessários para o cuidado com o pet durante todo o percurso, como cama, kit higiênico, recipiente com água, remédios, comida, documentos, entre outros. Com a lista é possível evitar esquecimentos.
2. Documentos
Para viajar com pets é importante possuir em mãos a carteira de vacinação do animal, o Certificado Veterinário Internacional (CVI) e o Passaporte para Trânsito de cães e gatos (que para ser emitido é exigido vacina antirrábica para animais com mais de 3 meses de idade, sendo aplicada entre 30 dias até 1 ano da data de embarque). Para viagens aéreas, deve-se possuir também o atestado de saúde.
3. Para quem vai viajar de carro
As viagens de carro exigem que se acomode o pet de maneira confiável e confortável. Entre as principais opções estão as caixas de transporte para os animais de pequeno e médio porte ou os cintos de segurança específicos para os pets, ideais para os animais de grande porte.
4. Para quem vai viajar de avião
É importante, sempre que possível, optar por voos diretos e curtos. Isso diminui a ansiedade dos bichos, bem como riscos à saúde. A sedação não é recomendada porque diminui a frequência respiratória e pode provocar efeitos colaterais, agravando eventuais problemas que surjam durante o voo. Ela só deve ser utilizada se for expressamente recomendado por um veterinário.
5. Viagem com segurança e sem frustrações
Para uma viagem bem-sucedida deve-se ter cuidado com as reservas que precisam ser realizadas com antecedência pois há uma limitação na quantidade de animais permitidos por aeronave. Também existem prazos para a solicitação do serviço.
6. Visite o veterinário
É indispensável visitar o veterinário do seu pet antes da viagem. Na consulta, o médico poderá entender como está a saúde do animal e definir se ele está apto para fazer a viagem ou não, além de também orientar o tutor com cuidados necessários e específicos para o tipo de viagem a ser realizada.
Ascom:UNINASSAU/Salvador
Foto: Noel Tavares