Entenda como a alimentação pode ser uma forte aliada no tratamento da endometriose

A doença causa diversos desconfortos como alterações intestinais e urinárias no período menstrual, cólica menstrual incapacitante e, em casos mais graves, a infertilidade

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a endometriose afeta de 10% a 15% das mulheres brasileiras em idade reprodutiva. A doença acontece quando as células do endométrio (revestimento interno do útero) aparecem nos ovários ou na cavidade abdominal, causando uma infecção que gera uma série de sintomas como dor na relação sexual, alterações intestinais e urinárias no período menstrual, cólica menstrual incapacitante, dor pélvica e, em casos mais graves, a infertilidade. O que poucas pessoas sabem é que a alimentação pode ser uma grande aliada no tratamento deste tipo de infecção.

A professora do curso de Nutrição da UNINASSAU Salvador, Rute Lima, esclarece como a dieta pode auxiliar na prevenção e tratamento da endometriose. “Os alimentos podem estabelecer, a partir de nutrientes específicos, o equilíbrio hormonal e a redução de sintomas como inflamação e dor. A ideia é buscar ofertar uma quantidade e qualidade de nutrientes adequados para o corpo visando fortalecer o organismo”, explica.

A alimentação pode piorar o estado inflamatório ou reduzi-lo e por consequência, pode piorar a dor ou minimizá-la. Por isso, a dieta de uma paciente com endometriose deve ser rica em alimentos anti-inflamatórios e antioxidantes. “Essa dieta deve ser rica em ômega 3, que pode ser encontrado em alimentos como salmão, sardinha, cavala, atum, anchova, semente de linhaça e nozes, porque ele reduz a produção de prostaglandinas (uma substância inflamatória), reduzindo o nível de inflamação abdominal provocada pela endometriose”, destaca.

A profissional ainda lista outros alimentos que são bastante benéficos para mulheres que sofrem dessa doença e dentre eles estão o açafrão, chá verde, frutas vermelhas e roxas (amoras, jabuticaba, ameixas, morangos, uvas) e frutas cítricas. “A inclusão das fibras por meio do consumo de arroz, pães integrais, frutas, legumes com casca, aveia, semente de chia, gergelim, linhaça e vegetais folhosos também é uma boa opção já que este elemento possui muita influência na regulação do nosso organismo, sendo um aliado do bom funcionamento intestinal”, pontua a nutricionista.

Já alimentos como carne vermelha, frituras, doces com altas taxas de açúcar, processados e ultraprocessados, além das bebidas alcóolicas devem ser evitados ou consumidos de forma pontual porque podem potencializar o processo inflamatório bem como a dor.

Ascom: UNINASSAU/Salvador

Foto: Noel Tavares

 

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