O exame faz parte da triagem neonatal e é realizado através de coleta de sangue no calcanhar dos bebês. A técnica possibilita a identificação precoce de doenças metabólicas, genéticas, enzimáticas, endocrinológicas e infecciosas, capazes de afetar o desenvolvimento neuropsicomotor do recém-nascido, mas que não apresentam sintomas detectáveis.
Dentre as doenças mais recorrentes identificadas pelo teste estão a fibrose cística, hiperplasia congênita das supra renais, hipotireoidismo congênito, e deficiência de biotinidase. Quando detectadas logo no início da vida, podem fazer a diferença nos índices de mortalidade infantil e no desenvolvimento saudável da criança; possibilitando melhoria na qualidade de vida e o desenvolvimento físico e mental.
A vice-prefeita e secretária da SMS, Ana Paula Matos, destaca sobre a relevância e a obrigatoriedade da triagem neonatal. “Todas as unidades de saúde da nossa rede ofertam o teste do pezinho, um dos exames mais importantes para o recém-nascido. É nosso dever seguir garantindo o cuidado integral aos nossos recém-nascidos, com a oferta do serviço em todas as unidades, diagnóstico precoce e tratamento adequado para proporcionar melhor qualidade de vida às nossas crianças, evitando mortes prematuras. Até março deste ano, 6.075 procedimentos foram realizados em Salvador”, declara a gestora.
Procedimento – Apesar de sua tamanha importância, o teste do pezinho é muito simples e rápido. São colhidas algumas gotas do calcanhar da criança, que posteriormente serão analisadas em laboratório. Após o nascimento do bebê, o teste do pezinho deverá ser feito entre o 3º e 7º dias de vida.
Quando a coleta é feita tardiamente, a suspeita de algumas doenças é dificultada, podendo atrasar intervenções e até mesmo tratamentos. A triagem também não poder ser feita antes de 48 horas de vida, pois o recém-nascido, durante este período, ainda apresenta alterações hormonais e metabólicas que influenciam o resultado do teste.
Secom: PMS
Foto: Bruno Concha/Secom