De acordo com o guarda municipal Ubirajara Azevedo, a iniciativa faz parte do viés preventivo da Patrulha Escolar da GCM, com palestras e ações voltadas para o enfrentamento à violência. A atividade é ministrada para alunos dos cinco aos 17 anos da rede municipal de ensino e, segundo o agente, a depender da idade, o formato do encontro é diferente, com uso de fantoches e músicas, transformando a atividade em algo interativo, participativo e lúdico.
“Falamos como ou porque ocorre (o abuso) e buscamos transmitir as informações para os adolescentes e crianças de uma forma lúdica, para que entendam que o abuso é arriscado, perigoso e que é um criminoso quem pratica isso contra elas. A gente fala das consequências de um abuso, o modus operandi, orientamos a buscar os canais de denúncia e ter coragem, mostrando que é fácil identificar o agressor e comunicar a alguém da sua confiança”.
A diretora da unidade, Katia Silva, contou que a instituição foi uma das primeiras a receber a Patrulha Escolar na fase de projeto-piloto. “Temos inclusive um botão do pânico, instalado em parceria com a Guarda. Com as intervenções da GCM aqui, a gente tem sentido uma mobilização maior dos alunos quanto à conscientização dos problemas vividos”, declarou.
A gestora ressaltou ainda que os agentes têm sido sensíveis e estado prontos para abordar situações delicadas, despertando o interesse dos estudantes em melhorar o comportamento. “O mecanismo que os alunos têm como amparo é a informação. Nem sempre eles podem falar com um familiar, então é a escola, um colega, um amigo do amigo que traz a situação para acionarmos os órgãos responsáveis e encaminharmos para a ajuda adequada. É uma parceria que veio para beneficiar as unidades escolares”.
Aprovação – A aluna Paula Matos, de 14 anos, está no 9º ano e apoiou a palestra. “Acho importante para que a gente saiba como identificar o agressor e saber como falar com os policiais da ronda”.
Também do 9º ano, o estudante Ryan Santos, de 16 anos, considerou importante a ação da Guarda. “Os casos de abuso acontecem em qualquer lugar, seja na rua, em qualquer esquina, em casa ou até mesmo no colégio. Um comentário maldoso para uma menina ou alguém de outro gênero, por exemplo, não é bacana e devemos saber como podemos ajudar”.
Aluno do 8º ano, Everton Carlos Lima, de 13 anos também aprovou a presença dos agentes na escola. “Tem pessoas que podem estar sofrendo e não sabem como se comunicar, se abrir, e aqui pode ajudar muito. Gostei muito da atividade, os agentes são interativos e tratam a gente bem”.
Secom: PMS
Foto: Bruno Concha/Secom PMS