A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri) realiza a primeira reunião da Câmara Setorial do Cacau deste ano, nesta quinta-feira, dia 18 de julho, no Hotel Praia do Sol, em Ilhéus. O encontro, convocado pela Seagri por meio da portaria nº 27, publicada no Diário Oficial do Estado em 11 de junho de 2024, tem como pauta, entre outros temas, a eleição da nova presidência do colegiado e a discussão de projetos e programas que preveem investimentos de 1 bilhão de reais para essa cadeia produtiva.
A pauta da reunião, que começa às 14h, inclui temas importantes como a monilíase do cacaueiro, considerada a maior ameaça às lavouras do fruto no Brasil, e o Fundo do Cacau da Bahia. Além disso, serão apresentados planos e projetos para o setor do cacau no Estado, incluindo o Plano ABC+ Bahia 2020-2030 – coordenado pela Seagri, e o Plano Inova Cacau 2030, que envolve diversos atores do setor do cacau, sendo coordenado pela Cocoa Action e Ceplac/Ministério da Agricultura.
A reunião contará com a presença do secretário da Agricultura da Bahia, Wallison Tum, que destaca a importância da Câmara para discutir a cacauicultura nesse novo momento. “Com os novos preços praticados no mercado, a cadeia do cacau precisa ser rediscutida e a Seagri se coloca como uma articuladora desse processo. As câmaras são instâncias de governança colaborativa. Elas são fundamentais para a construção de políticas públicas eficazes, refletindo as necessidades e os interesses de todos os envolvidos, além de serem articuladoras dos anseios de cada elo do setor”, afirma Tum.
Chefe de gabinete da Seagri, o engenheiro agrônomo Thiago Guedes Viana considera que existe um ciclo virtuoso de iniciativas, programas e projetos em prol do desenvolvimento do setor do cacau, com ampliação do setor produtivo para novas áreas não tradicionais de produção no Estado da Bahia. Destaca o ajuste positivo no preço do cacau que subiu de R$ 200/@ para R$ 1.000,00/@ no último ano. “Esta alta está atrelada à limitação da oferta global, com colheitas menores em países produtores, considerando o aspecto das mudanças climáticas, ampliação da demanda por amêndoas de cacau, dentre outros fatores. Essa valorização pode levar ao reinvestimento nas áreas produtivas e a adequação frente ao custo de produção no Brasil, impactando diretamente a economia local e as estratégias dos produtores. E é a esse cenário que a Seagri está atenta, buscando impulsionar estratégias e ações que beneficiem todo o setor produtivo”.
A Câmara Setorial do Cacau conta com 21 representantes de diversas instituições e segmentos ligados à essa cadeia produtiva, incluindo a Seagri, a Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado da Bahia – SDR/BA, Agência de Defesa Agropecuária da Bahia – Adab, Centro Tecnológico Agropecuário do Estado da Bahia – Cetab, Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira – Ceplac, Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia – Aiba, Associação dos Produtores de Cacau e Chocolate do Território Médio Rio das Contas – Aproc, Instituto Arapyaú, Associação dos Produtores de Chocolate de Origem do Sul da Bahia – Chocosul, Associação dos Municípios do Sul, Extremo Sul e Sudoeste a Bahia – AMURC, Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau – AIPC, World Cocoa Foundation – WCF, Banco do Brasil – BB, Banco do Nordeste – BNB, Centro de Inovação do Cacau – CIC, Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia – Faeb, Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas da Bahia – Sebrae, Consórcio de Desenvolvimento Sustentável Litoral Sul – CDS LS, Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas – Abicab e Fundação Pau Brasil – Funpab.
Câmaras
Os trabalhos das Câmaras Setoriais são coordenados pela própria Seagri, com o Secretário ocupando a coordenação geral. Esses colegiados têm como missão criar um ambiente propício para o diálogo e a articulação entre o governo, consumidores, instituições, sociedade civil e empresas que compõem as diversas cadeias produtivas. São 22 as Câmaras Setoriais reativadas pela Seagri, que envolvem as cadeias produtivas do algodão, apicultura, borracha natural, cacau, entre outros.
As instituições interessadas em fazer parte desse processo colaborativo de influência e construção das decisões que impactam o setor agropecuário da Bahia podem enviar um ofício endereçado ao secretário Wallison Tum, por meio do e-mail camaras.setoriais@seagri.ba.gov.br, informando os nomes do titular e suplente, para adesão, com os devidos e-mails e contatos telefônicos.
Secom: GovBA
Foto: Noel Tavares