Camaçari faz vistoria nas escolas encontradas em estado crítico

Com foco na volta às aulas da Rede Municipal de Ensino, equipes da Secretaria de Educação (Seduc), Secretaria da Infraestrutura (Seinfra) e da Defesa Civil de Camaçari vistoriaram duas unidades escolares na manhã desta terça-feira (21), a Escola Municipal Felix Joaquim de Moraes e o Centro Educacional Maria Quitéria. Inicialmente, a Seinfra tinha identificado 14 escolas em situação crítica, mas o número foi atualizado para 17, e os equipamentos – localizados na sede e orla – já estão recebendo os serviços de reestruturação para garantir a segurança da comunidade escolar.

“Todas estão com muitos problemas. O que é que eu estou recomendando e mandando fazer? A reforma das escolas. O problema é que as aulas começam no dia 10 [de fevereiro] e nós vamos ter que trabalhar com muita responsabilidade, mas também com muita rapidez. Mas eu quero aqui dizer para o pessoal da área técnica, que tome muito cuidado, pois estamos tratando de vidas, de crianças. A escola que não tiver condição, que tiver algum perigo, nós não vamos arriscar a vida de ninguém”, afirmou o prefeito Luiz Caetano ao ressaltar que já autorizou a contratação de mais profissionais para fazer uma vistoria detalhada para evitar problemas durante as intervenções.

Dentre os principais pontos críticos encontrados nas unidades de ensino estão: risco de desabamento de telhado; quadras e ginásios de esportes, inclusive com ferros e equipamentos enferrujados, com risco de causar tétano ou algum acidente; redes de esgoto comprometidas; e rede elétrica, que em alguns casos, como o do Colégio Municipal São Tomaz de Cantuária, apresenta queda da rede. Neste cenário ainda tem portas quebradas e falta de assento nos sanitários.

“A gente está atacando inicialmente 17 escolas, que são mais prioritárias, que estavam em estado pior, porque o tempo foi muito curto para haver uma mobilização e em apenas 30 dias conseguir fazer tudo que é necessário. Depois a gente vai continuar fazendo ao longo do tempo essas intervenções. Mas inicialmente são 17 escolas que a gente está atacando mais firmemente, para que fiquem prontas para o início do ano letivo”, explicou o titular da Seinfra, José Mário.

O titular da Secretaria de Educação (Seduc), Márcio Neves, também esteve presente na vistoria e falou sobre os próximos passos, ainda no quesito da infraestrutura das unidades. “Logo depois, nós vamos para uma segunda etapa, que é a readequação com espaços pedagógicos mais apropriados para garantir o aprender do estudante, para garantir que ele se sinta confortável e goste da unidade escolar, e, dentro desse escopo, já foi solicitado que fizéssemos um estudo sobre a climatização das unidades escolares. Então, nós temos essas três etapas, do ponto de vista da infraestrutura e, logo, logo, nós vamos apresentar à sociedade de Camaçari qual é o nosso grande projeto, para readequar, ampliar e reestruturar a rede física do município”, detalhou.

Apesar da dedicação empenhada no trabalho de reestruturação, com as aulas marcadas para começarem no dia 10 de fevereiro, algumas das unidades podem não estar prontas na data. O secretário de Educação explicou que a exigência da gestão municipal é que, no caso de alguma unidade ainda estar em situação de insegurança, o calendário da escola seja readequado a partir do diálogo com o Sindicato dos Professores e Professoras da Rede Pública Municipal de Camaçari (Sispec) e o Conselho Municipal de Educação (CME).

O trabalho também é acompanhado pela Defesa Civil, e o coordenador, Almir dos Reis, destacou a ação de poda que será realizada. “Nesse momento a gente está fazendo levantamento. Tivemos na [escola] Félix, que precisa fazer total as podas das árvores, a desobstrução também das redes de fossas, a manutenção mais básica para começar. No Maria Quitéria, a gente tem que fazer uma poda urgente em todas essas árvores aqui da entrada. E vamos passar hoje o dia catalogando tudo isso para a partir de amanhã já começar a botar a mão na massa para produzir”, afirmou.

A Escola Municipal Félix Joaquim de Moraes, no Camaçari de Dentro, atende 180 alunos, sendo 20 especiais, de 3 a 5 anos, dos Grupos 3, 4 e 5. Antes a escola funcionava como Fundamental I e II e em 2019 modificou para Educação Infantil, sem fazer a devida adaptação na estrutura. Já o Centro Educacional Maria Quitéria atende mais de 800 alunos, de 11 a 70 anos, do Fundamental II e Educação de Jovens Adultos (EJA), lá, pelo menos desde 2017 a estrutura já apresentava problema.

UNIDADES ESCOLARES EM SITUAÇÃO CRÍTICA:

1. Escola Experimental Professora Marina Tavares Cardoso (Gleba E);

2. Centro Educacional Reitor Edgard Santos (Gleba A);

3. Escola Municipal Giltonia Pereira de Souza (Arembepe);

4. Centro Integrado De Educacao Infantil (CIEI) Arembepe (Arembepe);

5. Centro Educacional Darcy Ribeiro (Barra do Pojuca);

6. Escola Municipal Félix Joaquim de Moraes (Camaçari de Dentro);

7. Escola Municipal Rural Boa União (Vila de Abrantes);

8. Centro Educacional Barra do Pojuca (CEBAP) (Barra do Pojuca)

9. Centro de Educação Municipal Paulo Freire (Nova Vitória);

10. Colégio Municipal São Tomaz de Cantuária (Centro);

11. Colégio Municipal Professora Lídia Coelho Pinto (Arembepe);

12. Escola Municipal Barra de Jacuípe (Barra do Jacuípe);

13. Escola Municipal Denise Tavares (Gleba B);

14. Escola Municipal Virgínia Reis (Verde Horizonte);

15. Creche Professora Eunice Pereira dos Santos (Ponto Certo);

16. Centro de Educação Municipal de Camaçari (CEMC) (Phoc II);

17. Escola Municipal Marcos Ivo Bona (Busca Vida).

Foto: Patrick Abreu

Secom: PMC

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