“Vamos completar dois anos de pandemia, entre altos e baixos na economia mundial. Então, começar o ano com a notícia de que as exportações baianas fecharam 2021 com crescimento de 26,3% sobre o ano anterior é bem otimista”, declara o vice-governador João Leão, secretário do Planejamento, ao comentar os dados sobre comércio exterior. Ano passado, as exportações totalizaram US$ 9,9 bilhões, o maior da série histórica desde 2012.
De acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan) e responsável pela análise das informações, o resultado foi impulsionado pela retomada da atividade econômica no mundo, sobretudo no segundo e terceiro trimestre, com avanço da vacinação contra a Covid-19 e o arrefecimento da pandemia.
A balança comercial da Bahia de 2021 terminou superavitária em US$ 1,85 bilhão, resultado 35,6% inferior ao ano passado, devido ao aumento maior das importações, que totalizaram US$ 8,05 bilhões com incremento de 62% em comparação com o ano anterior, mais que o dobro do aumento das exportações, recuperando o terreno perdido em 2020.
A China se manteve como o principal parceiro comercial da Bahia, respondendo por 28% das exportações baianas em 2021 e por 14,8% das importações, o que perfaz uma participação de 22,1% na corrente de comércio do estado. A Ásia comprou quase metade dos bens exportados pela Bahia (49,3%). A China foi seguida pelos Estados Unidos (21,4%) o que corresponde a 11,8% das exportações e de 33% nas importações. Em terceiro lugar, aparece Singapura (6%).
No ano, as vendas externas foram lideradas mais uma vez pela soja e seus derivados – US$ 2,4 bilhões, com incremento de 40%, seguido pelo setor químico/petroquímico com US$ 1,32 bilhão e alta de 67,2% sobre 2020, e pelo setor de refino, com vendas de 1,23 bilhão e aumento de 5,4%. Destaca-se ainda o crescimento nas vendas do setor mineral em 212,7% (US$ 747,4 milhões).
Foto: Ascom/Seplan