O coordenador da Salvamar, Alysson Carvalho, dá dicas valiosas para aqueles que pretendem ir à praia neste sábado (5) e domingo (6). Ele lembra que, nos dias de chuva, o mar fica muito mais agitado devido a força dos ventos, o que pode gerar uma maior dificuldade para os banhistas, pela força das ondas e correntes de retorno. Por isso, há também mais deságue dos rios no mar, deixando a água mais turva e com baixa visibilidade, podendo assim dificultar a visualização de pedras ou outros materiais que possam trazer risco às pessoas.
Outro fator muito importante é evitar entrar na água durante a chuva, pois há grandes possibilidades de descargas elétricas, através de raios, na água do mar. O ideal é procurar um abrigo fora dessa área. Ele reforça que as praias de Jaguaribe, Piatã e Itapuã são as mais perigosas no período de chuva.
Demais cuidados – O órgão também dá outras dicas importantes. Primeiramente, ao chegar nas praias, é recomendável procurar um mirante do órgão. “Lá, o banhista encontrará profissionais treinados e capacitados para lhe orientar quanto: melhor local para o banho, os locais mais perigosos e onde estão as correntes de retornos” reforça Carvalho.
Além disso, é essencial não descuidar das crianças, pois o mínimo de distração pode ser fatal. Por isso, é importante manter o olhar fixo nos pequenos, sempre por perto para evitar que eles se percam e, mais que isso, uma possível ida deles sozinhos ao mar.
Outra observação é o cuidado com o consumo de bebidas alcoólicas. Ao fazer o uso delas, o banho de mar deve ser evitado, pois o álcool na corrente sanguínea pode gerar uma falsa sensação de capacidade física favorável a enfrentar as ondas e correntezas, o que pode ser perigoso.
O coordenador lembra de uma frase sempre repetida pelos agentes, que diz que “água no umbigo é sinal de perigo”. “Se a água passar deste nível, não se arrisque, preserve a sua vida. Ao entrar numa corrente de retorno, uma das dicas é nadar paralelo à praia até que saia da corrente e nunca contra a correnteza, pois certamente você irá cansar e consequentemente se afogar”, ressalta.
Também é importante ter cuidado com as boias, pois objetos flutuantes são levados mais facilmente pela correnteza, por isso, no mar, não se deve apostar na segurança das boias. Em praias sem salva-vidas, nada de se arriscar na água, para evitar situações adversas.
Sinalização e balanço – Outra ação preventiva realizada pela Salvamar para alertar os banhistas é a colocação de bandeiras, em trechos de praia considerados perigosos. Esses são indicativos da condição do mar para o dia. A bandeira vermelha, por exemplo, representa mar muito agitado e indica a impossibilidade de mergulho no trecho demarcado, devido ao risco elevado de afogamento.
Já a bandeira amarela simboliza um mar em atenção, no qual o banho no local está permitido, mas desde que o banhista tenha noções de nado e respeite as orientações dadas pelos salva-vidas. Por fim, a bandeira verde indica que o local é apropriado para banho.
Nos primeiros dois meses de 2022, o órgão contabilizou 198 resgates por afogamento nas praias. Já nos três primeiros dias de março, já foram 17 ações de resgate promovidas pelos agentes.
Foto: Bruno Concha/Secom