O diretor geral do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), João Carlos de Oliveira, e a presidente da Junta Comercial do Estado da Bahia (Juceb), Paula Miranda, assinaram a ordem de serviço para início da execução das obras de revitalização do prédio da Junta. Com investimento de aproximadamente R$ 6 milhões, o objetivo é permitir a retomada do uso do imóvel pela Juceb, de modo a atender às demandas necessárias ao seu funcionamento, além de restaurar um patrimônio exemplar da arquitetura eclética.
O prédio da Juceb, localizado no bairro do Comércio, encontra-se inserido na poligonal de tombamento pelo Iphan do Conjunto Urbano e Arquitetônico da Cidade Baixa de Salvador, e trata-se de um dos mais significativos exemplares da arquitetura eclética, dono de uma série de elementos decorativos, como uma cúpula de considerável valor artístico em uma de suas extremidades.
Durante todo o processo para o início da execução das obras, o Ipac foi responsável pela licitação e contratação da empresa para a elaboração dos projetos executivos, além de coordenar a licitação para a contração de empresa para realizar a execução da revitalização do prédio, incluindo serviços de obra civil com técnicos especializados em arquitetura, urbanismo, restauração de patrimônio e engenharia.
Para o diretor geral do Ipac, as obras têm importância fundamental ao restaurar uma edificação importante pertencente a um conjunto tombado a nível federal. “Portanto, trata-se de uma intervenção que nos leva a pensar a cidade de Salvador como Patrimônio Cultural do Brasil, além de darmos um uso extremamente adequado ao bem, o que garante qualidade de manutenção, conservação e ocupação qualificada”, afirmou Oliveira.
No exercício de suas competências, a Juceb é responsável pelo arquivamento dos atos das empresas mercantis e pela manutenção do banco de dados contendo as informações das sociedades empresariais da Bahia, bem como a matrícula de leiloeiros, tradutores públicos, intérpretes comerciais, trapicheiros e administradores de armazéns gerais e seu respectivo cancelamento.
De acordo com a presidente em exercício da Juceb, Paula Miranda, a Junta hoje é uma autarquia que deixou de ser registradora de documentos para ser uma integradora estadual de todos os órgãos de licenciamento para empresas.
“Eu fico muito feliz por estarmos dando mais esse passo. Com a revitalização, eu espero que venha, não só a inovação e modernidade para as instalações da Junta, como também a possibilidade de criarmos o primeiro museu histórico de registro mercantil no Brasil, uma vez que somos a primeira Junta a ser criada no país e termos o selo de Dom Pedro, nosso príncipe regente. Será muito interessante e inovador ao mesmo tempo”, destacou Miranda.
Foto: divulgação/GovBa