O projeto institucional “Um Novo Horizonte” foi lançado durante a palestra virtual do psicólogo Francisco Masan. O evento, aberto para membros e servidores do órgão, introduziu a dinâmica do projeto e seus objetivos e propôs reflexões sobre papeis sociais, conexões interpessoais e expressões dos sentimentos. Promovido pela Diretoria de Gestão de Pessoas/Coordenação de Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho, o projeto “Um Novo Horizonte” busca incentivar o desenvolvimento de autoconhecimento, inteligência emocional, resiliência e criatividade para que reduzir os impactos que a retomada do trabalho possa ocasionar e auxiliar na adaptação às novas realidades. O projeto, apresentado pelo superintendente de gestão administrativa Frederico Silveira, constará de encontros semanais, com grupos de até dez pessoas, voltados para a saúde mental e psicológica dos participantes.
Na abertura do evento, o promotor de Justiça Tiago Quadros, coordenador do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), destacou a importância de iniciativas em prol do bem-estar dos funcionários. “Sem qualidade de vida não há qualidade de trabalho. A unidade surge exatamente nesse clima e pela percepção e sensibilidade de constatar que não adianta se ter servidores tecnicamente capacitados se eles não estiverem com a cabeça boa, entusiasmados, com ânimo para trabalhar”. Durante a palestra, o psicólogo especialista em Psicotraumatologia Francisco Masan abordou as fases de formação da personalidade do ser, as personas, mecanismos de projeção e conflitos na relação com os outros, comunicação não violenta e problemas contemporâneos do contexto de pandemia.
Para o especialista, atualmente, as pessoas têm como desafio encontrar um diálogo entre o ego e o selfie (“eu”), já que foram talhadas a permitir que as coisas e o mundo ao redor definam o seu valor, uma vez que o senso de pertencimento seria definido por objetos externos. “O indivíduo precisa ser convidado a fazer uma conexão entre o ego, que é o senso de identidade, e começar a criar uma referência interna para conseguir aumentar o repertório de opções e sair da dinâmica em que o pertencimento só é viável a partir do que eu recebo dos outros”, explica Francisco Masan. O psicólogo apontou ainda que os sentimentos reprimidos, sobretudo durante a infância, podem surgir através de complexos nas relações com os outros, que podem interferir diretamente na forma de interpretar e de se comunicar. Para chegar a uma comunicação respeitosa e integral, Francisco sugere olhar para si e se entender, admitir o que sente e buscar construir uma relação mais objetiva, direta e transparente. “Não podemos delinear uma comunicação não-violenta se a gente ainda se violenta com a supressão de nossos sentimentos”, afirma.
Foto: divulgação/MPBA