A cidade de Ilhéus amanheceu com pelo menos dois protestos e com a população mais indignada ainda por causa da violência crescente que apavora a população na sede do município. Motoristas por aplicativos fizeram uma carreata. A falta de segurança em Ilhéus também atinge a zona rural que já sofre com a falta do transporte público. Os dois movimentos ocorreram como forma de chamar a atenção da Secretaria de Segurança Pública-SSP e da prefeitura de Ilhéus.
Ontem (segunda-16), o corpo do motorista por aplicativo, Sátiro Meneses Filho, conhecido como John Meneses foi encontrado em Serra Grande, distrito de Uruçuca e a conformação da morte do jovem, revoltou toda a categoria. De acordo com os colegas, o rapaz fez uma corrida do Parque Infantil, para Serra Grande, na última sexta-feira (13) e não mais foi visto. Ao notarem o desaparecimento do jovem, familiares tentaram contato e não conseguiram. No último domingo (15), o carro da vítima foi encontrado no bairro Conquista com placa adulterada.
Hoje (17), os trabalhadores por aplicativos de Ilhéus fizeram um protesto no centro da cidade com interdição de ruas. O outro protesto ocorreu na via que dá acesso ao Castelo Novo e Banco do Pedro. Um grupo de moradores revoltados com a falta de ônibus interditou a via e impediu o acesso as localidades. Moradores antigos da zona rural se queixam que a prefeitura retirou os ônibus que rodavam naquela área e isso prejudica as comunidades que ficam impedidas de chegar nas escolas, hospitais e feira. A falta de ônibus é tão crítica que prejudica o escoamento da produção. São inúmeras pessoas prejudicadas.
Outro fator que trouxe indignação, nesta terça, para os moradores da cidade de Ilhéus, é falta de agentes de trânsito para monitorar o fluxo de veículos e de pessoas. Em um vídeo, um homem reclama porque, de acordo com ele, a prefeitura não coloca nenhum agente para regular o trânsito perto do Parque Infantil e ainda diz que, naquele horário, 7h15 da manhã, muita gente tentava atravessar a rua e não conseguia. “Não tem um servidor público aqui trabalhando. Prefeito bote o povo para trabalhar! O motorista com bom senso parou, mas não tem nenhum guarda da prefeitura aqui trabalhando: cheio de crianças e mulheres, bota esse povo para trabalhar Marão”, reclama o desconhecido.
Diante dos fatos apontados por essa reportagem em Ilhéus, o vereador Augustão (PT) disse não aceitar que a população seja tratada dessa forma. “O bicho tá pegando aqui na cidade e eu não posso compactuar com isso. Há muito tempo venho pedindo mais ação da polícia para coibir os crimes. Com relação ao transporte coletivo na zona rural de Ilhéus, Augustão disse que “vai bater novamente nesse assunto no plenário da Câmara e que a prefeitura tem que resolver porque o povo não pode ficar sem Ônibus”, reflete o vereador.
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